[V.A. Artigo] Apresentação: Mitologia Lovecraftiana 2° Edição Revisada

(H.P. Lovecraft, Junho de 1934)
Exposição preliminar
Começando pelo essencial, Howard Philipps Lovecraft foi um escritor estadunidense que nasceu em 20 de agosto de 1890 na virada do século, tempo em que presenciou muitas mudanças assim que foram realizadas em sua cidade natal e em grandes centros dos Estados Unidos, nasceu em uma família aristocrática de ascendência advinda de imigrantes britânicos do século XVII.
Durante sua infância foi dedicado em leitura; desde bem jovem (dois anos) recitava poesia, possuindo a aptidão para literatura prematuramente, de acordo com o renomado estudo biográfico de Lovecraft feito pelo especialista, S.T. Joshi, por volta dos três anos já sabia ler.
Era um homem fascinado pelas ciências e por história desde tenra idade, escrevendo suas próprias revistas científicas, em particular interesse por astronomia, química entre outras. Foi influenciado desde cedo por autores renomados como Homero, Ovídio etc, era um autodidata exemplar pois tinha muita compreensão para assuntos que muitos outros da idade dele nem se preocupavam.
Esses interesses foram basilares pra compor muito do que viria a explorar em suas histórias, muitas das quais possuem tomadas de descrição sobre suas explorações estéticas em ambientes inóspitos ou sublimes da imaginação, como levou junto a seu jeito de descrever cenários, equipamentos e algumas teorias do seu tempo em torno do que tentava minuciar nas dúvidas dos seus protagonistas rumo ao que não conseguiam desviar quando seu caminho fora traçado na curiosidade e medo.
Foi prolífico em escrever cartas, considerado um dos maiores missivistas, Estima-se que tenha escrito cem mil cartas durante sua vida¹. Tinha contato e amizade com muitos escritores influentes e que também contribuíram em seu universo, dentre os quais Robert E. Howard (Conan o Bárbaro), Robert Bloch (Psicose), Clark Ashton Smith (Ciclo de Hiperbórea) entre outros.
Cosmicismo (ou Materialismo Mecanicista)
Começando com a pedra central da vida do autor, o que viria a fazer parte de sua filosofia pessoal foi o motor de sua carreira e regenerador da vida que um dia pensou em finalizá-la em 1904 (com 13 anos de idade), curiosidade científica, após ler sobre vários autores desde Nietzsche e Schopenhauer, a outra corrente de filosofia baseada no Materialismo.
“Quando Lovecraft descrevia sua filosofia como “materialismo mecanicista”, seu intuito era negar certos princípios centrais da filosofia idealista ou religiosa; especificamente que qualquer evento pode ocorrer no universo para além das fronteiras das leis naturais (embora todas as leis naturais não sejam conhecidas atualmente e talvez nunca venham a ser);que qualquer substância “imaterial” (como a “alma”) pode existir; e que o universo como um todo progride em direção a qualquer objetivo particular. A recusa de Deus, da alma e da vida após a morte está implícita em todas essas formulações.”²
“Nós não podemos assumir que o universo possui apenas cinco qualidades porque possuímos unicamente cinco sentidos. Devemos assumir, do contrário, que o número de suas qualidades podem ser infinitas, e quanto mais sentidos houvermos, mais iremos descobrir sobre eles.”³
Frase de um pensador materialista ao qual Lovecraft bebeu de suas concepções que explicita o quão múltiplo e irreconhecível o universo é em totalidade para a mente humana.
O ponto aqui é, não há uma teleologia para o homem no cosmo. Um pessimismo a nível cósmico. Algumas de suas implicações fluem para suas histórias como um dos rumos possíveis da humanidade, sendo especulada na forma de literatura.
Estética Cósmica
Foi por desilusão que sua ficção poderia surgir somente no ponto culminante de sua decepção com as religiões proporcionadas por seu crescente materialismo filosófico, o ideal cósmico representado nas apreensões dadas pelas sensações de uma subversão das maravilhações que teríamos com os mitos tradicionais, apesar de seu descrédito com as religiões, ele observou o potencial cósmico na inversão de seus sentidos estabelecidos. Vendo um valor extraterreno não alheio as leis físicas (as poucas que conhecemos), mas, inseridas nas entrelinhas das que desconhecemos. Destronando nossa posição no cosmo, como resultado do sentimento estético de horror cósmico: “Tudo que seja de algum modo capaz de incitar as ideias de dor e perigo, isto é, tudo que seja de alguma maneira terrível ou relacionado ao terror, constitui uma fonte de sublime; isto é, produz a mais forte sensação, porque estou convencido de que as ideias de dor são muito mais poderosas do que aquelas de prazer.” Lovecraft flui com a estética de Edmund Burke em sua obra que reforça sua literatura com temas de vastidão, obscuridade, horror e tudo isso num amontoado de grandeza.⁴
A respeito de Michel Houellebecq e a passagem que escrevi, ele comete muitos erros na sua análise e vários trechos por ele citados de HPL não foram identificados na obra das cartas do Autor de Horror.
Para uma explicação melhor sobre: "Porquê Michel Hoellebecq Está Errado Acerca do Racismo em Lovecraft"
Lovecraft quer te passar medo e deslumbramento, suas histórias são atmosféricas, portanto, atente-se a isso.
O Mito Cosmogônico e a Sua Subversão
Em carta a um amigo Lovecraft nos explicita um elemento que confere unidade por sua temática e que será levada adiante por suas principais histórias do Ciclo de Yog-Sothoth (explicado mais adiante).
“… todos os meus contos se baseiam na premissa fundamental de que as leis, interesses e emoções dos humanos comuns não têm qualquer validade ou significância no vasto cosmo exterior[…] Para se alcançar a essência da externalidade real, seja ela de tempo, espaço ou dimensão, deve-se esquecer que coisas como a vida orgânica, o bem e o mal, o amor e o ódio, e todos esses atributos locais de uma raça insignificante e transitória chamada humanidade, têm qualquer existência efetiva.” ⁶
Uma concepção errada que foi levada adiante por um amigo que foi em certo nível importante, (diferindo em dois aspectos, o maior o de preservar a obra de Lovecraft e espalhá-la, tornando assim o renomado escritor que é hoje. E o segundo e menor, tentar dar uma organização cosmológica, apelidando famosamente como “Ciclo de Cthulhu”) que foi atribuir um grande papel a uma “divindade menor” do universo Lovecraftiano, Cthulhu não é nem de longe será o mais forte ou relevante em quesito de moldar um aspecto de origem ou estrutura do universo, ele é apenas um sacerdote que acordará “quando as estrelas forem alinhadas” para assim, acordar seus mestres, tais quais Yog-Sothoth e Shub-Niggurath são umas delas.
(Lovecraft até chegou a pensar em algo ao notar algumas conexões em suas histórias, denominando como Ciclo de Yog-Sothoth ou Yog-Sothotery)
Pra representar essa temática, Lovecraft se utilizou de um meio chamado Mito Cosmogônico, sua realização se baseia em explicar por meios míticos a origem das coisas e do mundo, tal como nos mitos antigos em que uma massa informe é organizada e dá forma as coisas, tal como separar a terra do céu ou o mar da terra e etc. Lovecraft como um “mitógrafo moderno da era ateísta” faz um trabalho que junto a corrente literária [fantástica] que se desenvolve principalmente pela miríade de acontecimentos histórico-sociais que desdobra-se em seu perfil escritor, trazem a tona crenças da era vivida por ele (a desilusão com os relances que a ciência e a pequenez humana são diante do universo). O papel da ficção-científica, fantasia e horror desdobra as crenças de nossa época (no caso o início do século XX de Lovecraft), com nossos medos e suposições.
Um problema que se encontra com facilidade na pesquisa sobre mito é seu significado fugidio, tanto o significado mais simplista quanto mais o simbólico, entre esses dois, cabe uma enorme exploração reflexiva do que possa significar essa palavra abastada.
Considerando aqui um grupo pequeno de definições para a compreensão do Mito Cosmogônico⁷:
1° “Certas estruturas narrativas míticas permeiam as criações literárias da humanidade continuamente, e que as mais antigas mostram o embate entre ordem e caos como o evento que organiza e forma o cosmo.”
2° “O mito cosmogônico é superior e mais importante dentre todas as culturas que existiu ou ainda persiste.”
3° “O que esses documentos [os mitos antigos, notadamente os gregos] têm em comum é serem narrativas que veiculam mensagens sérias e mesmo essenciais sob a forma de ficção fantástica , tendo por protagonistas seres sobrenaturais.”
4° “Mito é a criação humana, veiculada pela linguagem verbal, que simultaneamente põe em confronto e busca tentar harmonizar a condição do homem como ser social inserido numa cultura e em dado momento histórico com as forças cegas e hostis da natureza que a todo instante o lembram de que ele, homem, também possui uma dimensão biológico-material frágil, que as defesa que ele ergue contra o mundo natural possuem limites rígidos e precisos, e que sua sobrevivência como membro daquilo que essa cultura considera humano depende de um precário equilíbrio entre o natural e o social, equilíbrio sempre ameaçado pelas fustigações do mundo.”
5° “O mito é considerado uma história sagrada e, portanto, uma “história verdadeira” porque sempre se refere a realidades. O mito cosmogônico é “verdadeiro” porque a existência está aí para prová-lo. […] Sendo a criação do Mundo a criação por excelência, a cosmogonia torna-se o modelo exemplar para toda espécie de “criação” […].”
Com essas definições em mente, vemos aqui o papel “Antimitológico” de Lovecraft emergir, pois subverte esses elementos expostos pra transformar a descoberta primordial humana, em descoberta científica e material devastadora para a razão científica humana em toda sua pequenez. Transferindo o papel sagrado pelo papel insignificante de um acidente na escala universal.
- Primeiramente, não existe papel de bem e mal no cosmo;
- Segundo, o mito cosmogônico é pior que pode vir e ser descoberto pela humanidade;
- Terceiro, o protagonismo humano, põe em perspectiva sua posição no universo face as suas descobertas que não carregam nenhum conhecimento benigno, apenas loucura ou morte;
- Quarto, o papel mitológico não pode habitar plenamente o plano da linguagem pois tudo aqui rege a leis físicas desconhecidas por nós, o ser social é quebrado por seu passado profano e repulsivo a razão limitada.
- Quinto, tais mitos são permeados pelos conhecimentos ocultos na humanidade e no cosmos, a criação acidental de tudo está a par da nossa primazia vulgar e estúpida, a excelência se torna degeneração.
Aqui deriva sua Mitologia artificial anti-simbólica para a humanidade.
Narrativas
Como acontece em seus contos, noveletas e novelas do Ciclo de Yog-Sothoth⁸ (Dagon, O Chamado de Cthulhu, Nas Montanhas da Loucura, A Sombra Vinda do Tempo…⁹) seus personagens por muita sorte (ou azar) se deparam com fenômenos inicialmente duvidosos que os levam a investigar tais mistérios, surgem pistas esparsas e muitas vezes desconexas que prontamente chegam ao ápice de corroborar num quebra-cabeças muito mais extenso que então, denotam suas bizarra conexão. Levando sempre seus desbravadores a loucura ou a morte.
“O que há de mais misericordioso no mundo, creio eu, é a incapacidade da mente humana para correlacionar tudo o que ela contém. Vivemos numa plácida ilha de ignorância em meio a negros mares de infinitude, e não fomos destinados a nos aventurar muito longe. As ciências, cada qual se empenhando em seguir seu próprio rumo, poucos danos tem até o presente nos causado; mas quando, algum dia, as peças do nosso conhecimento desagregado se juntarem, irão expor o panorama de uma realidade tão aterrorizante — e também a posição que ocupamos nela — , que ou enlouqueceremos com a revelação ou nos refugiaremos das luzes letais na paz e na segurança de uma nova idade das trevas.”¹⁰
Uma passagem marcante no escrito mais famoso do autor. Já denota como se seguirá o rumo do personagem (e da sua concepção de mundo). As histórias buscam desenvolver a mediocridade inerente e incognoscível pela maioria da humanidade. De que forças inimagináveis operam aquém da existência humana e seguem seu roteiro cósmico sem se importar com uma raça fútil, entraremos em colapso caso a civilização desdobre essa “realidade superior”.
As noções de bem e mal se tornam irrelevantes para tudo que é mais grandioso que a aquela minúscula raça que habita aquele pequeno astro entre bilhões de outros astros. O universo é indiferente em relação a nossos objetivos e valores.¹¹
O Confronto do Homem Racional e Científico Com o “Cientificamente Possível”
A perspectiva cósmica de Lovecraft só poderia se desenvolver num estágio em que o ser humano abandonou toda explicação mitológica e substituiu sua visão de mundo pelo científico e explicável, logo surge as possibilidades para o cosmicismo implodir das veias desconhecidas de um passado obscuro e atrair a atenção cética dos homens da ciência, de fato notável, os personagens lovecraftianos são intelectuais, cientistas e pensadores racionalistas que vão atrás inocentemente dos mistérios. A noveleta A Sombra Vinda do Tempo (provavelmente seu melhor exemplo de horror cósmico) o protagonista, Professor Nathaniel Wingate Peaslee sofre um colapso mental em que sua “personalidade principal” desaparece por anos e volta de repente, curioso pra saber o que seu “outro eu” fez durante esse tempo, vai leva-lo a se defrontar com uma presença “além dos tempos” que preludia o passado, presente e futuro das espécies da Terra, assim sendo até mesmo o tempo torna a revelar a pedrinha no caminho dos acontecimentos da história da Terra que a humanidade é. Nas Montanhas da Loucura, o grupo de pesquisadores da Universidade Miskatonic vão explorar as regiões inóspitas da Antartida e passam a conhecer a origem nada destacada da humanidade no véu da história do passado da Terra. O conhecimento se torna condenação invés de salvação e a verdade nos torna insanos.
Leis de Fora do Nosso Universo
Tomemos por exemplo a Cor Que Veio do Espaço, a narração é excepcional, nos entregando as migalhas do suspense para o ápice sublime da inimaginável “Cor diferente de qualquer cor conhecida na Terra”, por exemplo no título original do conto “The Color Out of Space”, o uso das palavras no inglês é feita para dar o sentido de algo de fora do espaço conhecido de muito além, esse além tem noções de leis da física que estão ocultos para nós humanos.
“O que é, só Deus sabe. Em termos de matéria, suponho que a coisa que Ammi descrevera poderia ser chamada de gás, mas esse gás obedecia a leis que não são de nosso cosmos. Não era fruto dos sóis que reluzem nos telescópios e nas chapas fotográficas de nossos observatórios. Não era um sopro dos céus cujos movimentos e dimensões nossos astrônomos mensuram ou declaram que são vastos demais para serem mensurados. Era apenas uma cor que caiu do espaço — um pavoroso mensageiro de regiões não formadas do infinito, além de toda natureza conhecida; de domínios onde a mera existência mortifica o cérebro e nos entorpece com os vórtices sombrios e extracósmicos que se abrem perante nossos olhos arrebatados.”¹²
(A Cor de Fora do Espaço Conhecido.)
Dentre outras histórias as quais Os Sonhos na Casa da Bruxa nos mostram que ao entrarmos em contato cada vez mais próximo a essas “realidades superiores” certas geometrias e objetos não correspondem a nossa visão por possuírem graus de dimensões inconcebíveis ao nosso cérebro limitado o que acaba por nós deixar mais a par da nossa mediocridade, portas resultando em locais impossíveis logicamente e dimensões paralelas a nossa. Quando no conto A Música de Erich Zahn por meio de suas melodias abre portas para mundos desconhecidos, somos expostos a meios não pensados de como certos sentidos — normais — para seres desconhecidos são abertos para invadir nosso limitado mundo.
Agora note o que você faz lendo esses relatos, trilha o mesmo caminho que os cientistas fazem, mistério atrai curiosidade, e o mistério aqui é a revelação bruta da realidade da cosmovisão Lovecraftiana.
Notas:
¹ https://www.hplovecraft.com/writings/letters/
² A Vida de H.P. Lovecraft, página 177.
³ https://lovecraftianscience.wordpress.com/2014/08/10/materialism-and-a-scientific-philosophy-in-a-lovecraftian-universe/
⁴ Apud. Contos Reunidos, pg. 458–459.
⁵ H.P. Lovecraft: Contra a Vida, Contra o Mundo, página 23.
⁶ Contos Reunidos, pg. 497.
⁷ Apud. Mitologia Lovecraftiana, pg. 42–44 e 48.
⁸ Ciclo de Cthulhu pode ser utilizado do mesmo modo, como é comumente entendido, pode ser até preferencial.
⁹ … Azathoth, Nyarlathotep, A Cidade Sem Nome, O Depoimento de Randolph Carter, O Modelo de Pickman, História do Necronomicon, Os Sonhos na Casa da Bruxa, O Visitante das Trevas, Sussuro nas Trevas, O Horror em Dunwich e a Sombra Sobre Innsmouth.
¹⁰ Contos Reunidos, pg. 38, O Chamado de Cthulhu.
¹¹ Contos Reunidos, pg. 434–35.
¹² Medo Clássico, pg. 131–132, A Cor Que Caiu do Espaço.
Bibliografia:
Bezarias, Caio, Mitologia Lovecraftiana: A Totalidade Pelo Horror, Editora Clepsidra, 2021.
H.P. Lovecraft, Contos Reunidos do Mestre do Horror Cósmico 2° edição, Ex Machina, 2021;
__, Medo Clássico 2, Darkside Books, 2021;
Houellebecq, Michel, Lovecraft: Against The World, Against Life, CERNUNNOS, 2019;
__, Lovecraft: Contra o Mundo, Contra a Vida, Nova Fronteira, 2020;
S.T. Joshi, A vida de H.P. Lovecraft, edição e-book, Hedra, 2017;
Alguns dos elementos aqui apresentados poderão elucidar melhor quem queira se aprofundar nos temas lovecraftianos pois é uma literatura riquíssima para qualquer interessado, recomendo as edições da editora Ex Machina com 61 contos monoautorais de Lovecraft mais artigos de vários estudiosos de literatura fantástica e lovecraftiana “Contos Reunidos do Mestre do Horror Cósmico 2°edição Revista e Ampliada” e também o trabalho excelente “Mitologia Lovecraftiana” de Caio Bezarias pela Editora Clepsidra. Existem muitos trabalhos sobre a ficção de Lovecraft sendo lançada no Brasil por seu boom de reconhecimento e que vem só aumentando com o passar do tempo.
Nestarez, Oscar; Poe e Lovecraft: O Medo na Literatura, 1° Edição, Livrus Editora, 2013.
Iturvides Dutra, Daniel; O Horror Sobrenatural de H.P. Lovecraft: Teoria e Praxe Estética do Horror Cósmico, 2015
Soares Ribeiro, Emílio; O Horror Cósmico e os Monstros de Lovecraft, 2018
Bezarias, Caio; Funções do Mito na Obra de Howard Phillips Lovecraft, 2006.
Sorgon Scotuzzi, Nathalia; Relances vertiginosos do desconhecido: A desolação da ciência em H. P. Lovecraft, Diário Macabro.
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