[V.A. Poema] As Saias do Amor

 


E viu-se os homens dos anos e Eras
Enquanto desanimado percorria Eros,
Observando os poucos varões
De reta razão que a ele honram.

Das infinitas almas ausentes de amor
E muitas que desmerecem Afrodite de olhar afiado:
Invoco seu infinito louvar para fundar as uniões
Do nosso mundo cheio de pesar.

Não é por tristeza que ouso marcar minha prece
Senão por vontade de atualizar aquela mesma sensação
Que de Orfeu a Pigmalião foi a causa de sua paixão,

Reascendendo aquele mesmo êxtase erótico que os deuses
Vêm a nos excitar, do gozo dos sentidos
Vemos o reflexo do mundo primordial
A que devemos nosso amor original.

Planos e sonhos, ambiguidades de um sono;
Cadáveres românticos perambulam na multidão;
Como prestar socorro aos bons de coração?
Insolentes e bastardos no sofrer, puro bailar
de toda essa corja de indecência.

Não fosse pelos mundos mundanos ou os ideais
da podridão, que vieram corromper o homem pleno,
potente e livre de então.

Vagando como um estranho numa terra estranha,
Mortos entre vivos e vivos entre mortos:
Ouço os passos de uma solução,

O Caminho celeste é nossa única opção.

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